
As pessoas que mais admiro são as que não se realizaram totalmente, as que não são muito sábias, mas um tanto loucas, "possessas". "Pessoas de mente sã" despertam-me pouco interesse. O homem realizado, aquele que é perfeito como um guarda-chuva, não exerce qualquer atração sobre mim. Entendam-me. Sou chamada e mesmo condenada a descrevê-lo. Mas que posso dizer de um guarda-chuva, a não ser que é inteiramente inútil num dia de sol? Um homem um tanto possesso não só me é mais agradável, como também é inteiramente mais razoável e está em mais harmonia com o ritmo geral da vida, um fenômeno ainda incompreendido e fantástico, que se faz por isso, ao mesmo tempo, tão desconcertantemente interessante. (GORKI, Máximo: Duas Histórias, The Dial, set. 1927, p.197-198) "fiz adaptações de gênero".
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